Capacitações, cursos e visitas
dirigidas do projeto têm objetivo de beneficiar o turismo e a cultura na região
do Recôncavo da Bahia
A palestra
‘Cultura e religiões de matriz africana’, do historiador e professor doutor em
Estudos Étnicos e Africanos pelo CEAO/UFBA, Cacau Nascimento, abre oficialmente
hoje (14) às 18:30h, no Museu Hansen Bahia (Rua Treze de Maio, n°197-373), em Cachoeira,
o período de aulas do projeto ‘Terreiros Criativos’. Integrado por capacitações,
cursos e visitas dirigidas voltadas para profissionais da área do turismo
cultural e étnico, o projeto é a primeira ação que beneficia de forma integrada
e continuada os terreiros de candomblé tombados pelo Estado como Patrimônios da
Bahia, em Cachoeira e São Félix. A iniciativa teve inscrição gratuita, conta
com patrocínio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur), apoio do Instituto
do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) e da Secretaria de Cultura
(SecultBA), contando com a realização da Associação dos Guias e Condutores de
Turismo do Vale do Paraguaçu (ACTUP - 75 98245.1045 e 71 99154-5965).
“Somente as
minhas aulas terão duração de 20 horas ao longo de três meses”, explica o
historiador Cacau Nascimento. O projeto conta ainda com cerca de 20 outros
palestrantes, dentre professores das redes estadual e federal de ensino, turismólogos,
guias, especialistas e técnicos estaduais, além de mestres de saberes populares
e até babalorixás. “Na palestra de hoje, já abordo a história dos terreiros de
candomblé na Bahia e nas próximas aulas, grupos étnicos e nações, aspectos
ritualísticos e míticos, espaços sagrados, territórios religiosos, a relação
dos ambientes rurais e urbanos, dentre outros temas”, adianta o professor Cacau
Nascimento.
BENS CULTURAIS – O projeto integra o Programa de Fomento e Valorização dos Terreiros
Patrimonializados e trabalha com três eixos: educação (capacitação), turismo
(sinalização) e comunicação (informação e impressos), com foco na Economia Criativa
voltada à cultura. “O projeto é inédito e inovador na Bahia, já que ainda não
se tinha implantado programa de política pública continuada para beneficiar
terreiros protegidos pelo Estado”, diz o diretor do IPAC, João Carlos de
Oliveira. O Instituto foi responsável pela pesquisa e parecer que tornaram os
terreiros bens culturais da Bahia.
Segundo Lara
Silveira, coordenadora técnica do projeto, a programação tem excelência no
corpo docente e na programação. “Podemos destacar as oficinas de educação
patrimonial, de elaboração de projetos, de criação de produtos criativos, de
gastronomia étnica, empreendedorismo, comunicação e mídias sociais”, relata.
Além disso, ela adianta que no decorrer dos três meses previstos, acontecerá uma
noite cultural com oficinas abertas ao público, cantorias étnico-religiosas e
música de terreiros. Visitas técnicas à Salvador, monumentos, equipamentos e
terreiros, complementam o roteiro previsto.
A carga horária
de 80 horas terá módulos sobre Histórias do Brasil e da África, Turismo e Patrimônio,
Vivência e Roteirização. Os 10 terreiros participantes são o ‘Aganjú Didê’ (conhecido
como ‘Ici Mimó’), ‘Viva Deus’, ‘Lobanekum’, ‘Lobanekum Filha’, ‘Ogodó Dey’,
‘Ilê Axé Itayle’, ‘Humpame Ayono Huntóloji’ e ‘Dendezeiro Incossi Mukumbi’, em
Cachoeira, além de ‘Raiz de Ayrá’ e ‘Ile Axé Ogunjá’ em São Félix.
A ACTUP sempre
busca parcerias com organismos públicos, além de agências e empresas. “O
objetivo é desenvolver a cultura e o turismo, visando a geração de empregos e
renda para a população local, e melhorar a recepção dos turistas que nos visitam",
finaliza Simão. Confira o site www.ipac.ba.gov.br, facebook
Ipacba Patrimônio, twitter @ipac_ba e instagram @ipac.ba. Mais informações do
projeto: sandroguia@bol.com.br e actup-cachoeita@bol.com.br, e
telefones (75) 98245.1045 e (71) 99154-5965.
Créditos Fotográficos
obrigatório no nome de cada Foto: Lei nº 9610/98
MONIZ COMUNICAÇÃO, em 14.05.2018
Jornalista responsável Geraldo Aragão (DRT-BA nº 1498)
(71) 99110-5099, 99922-1743
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