Esta é a última semana (19,
20 e 21) para o público de Salvador assistir ao espetáculo ‘Ninguém falou que seria fácil’, do grupo carioca ‘Foguetes
Maravilha’. Em cartaz na Caixa Cultural
(Rua Carlos Gomes, 57 – Centro, Tel. 3421-4200), a peça é vencedora do Prêmio Shell de Teatro –
um dos mais importantes do país – na categoria Melhor Texto.
As sessões são na sexta-feira (19) às 20h, duas no sábado (20), às 17h e às 20h, e às 19h no
domingo (21). O valor do ingresso é
popular, R$ 8,00 inteira, e R$ 4,00 meia-entrada, à venda na Caixa Cultural
somente no dia de cada sessão. O ingresso dá direito a estacionamento gratuito
ao lado do prédio da Caixa, com segurança.
SUCESSO CRÍTICA – A comédia mistura o cotidiano e o inusitado em
uma estrutura fragmentada que inclui filmes franceses dos anos 1970, dança
contemporânea, dramas familiares, exercícios metalinguísticos e fábulas para
crianças. O espetáculo estreou em 2011 no Rio de Janeiro, chamando a atenção de
críticos como Barbara Heliodora: “É mais
do que gratificante assistir a uma peça original, inteligente, com conteúdo e
divertida, de um jovem autor nacional como Felipe Rocha”, disse a ensaísta,
tradutora e uma das referências da crítica teatral no Brasil.
Para Barbara Heliodora, a
peça “tem sua própria dinâmica, seu
próprio e vivíssimo diálogo, tudo isso interpretado por um elenco de três
atores que mudam de personagem e funcionalidade, compondo um todo coeso, que
transmite o que o autor dizer. É um momento privilegiado de teatro e razão para
comemorações quando se fala da nova dramaturgia brasileira”.
FAMÍLIA – O espetáculo traz as relações familiares para o
centro da arena. O quanto ainda temos da criança? O que nos motiva a sair de
casa e virar adultos? Como aprendemos a dividir e conviver com os outros? Por
que você tem que sair para trabalhar? Para o autor premiado diversas vezes pelo
texto e também codiretor, Felipe Rocha, trata-se ainda da “experiência da
paternidade, esse momento em que a gente vira pai e continua sendo filho, aonde
a gente revive muito da nossa infância a partir do ponto de vista oposto ao que
a gente tinha quando era apenas o filho”, diz Rocha.
Humor, ironia, jogos de
linguagem e brincadeiras anárquicas de desconstrução e reconstrução das
convenções teatrais, marcam a narrativa. Inspirações nos grupos ‘Monty Python’,
‘Os Trapalhões’, referências a um pop nostálgico – de Jean-Paul Belmondo a
filmes B de ficção científica – e um desejo de liberdade estão também no texto.
“Passamos por áreas diversas, como o teatro, a dança, o circo”, pontua o
diretor do espetáculo Alex Cassal. Ele destaca as linguagens diferentes, a
estrutura cênica, a subversão de regras para personagens, a unidade de tempo e
espaço, e a relação com o espectador, provocando “o quanto o espectador tem que
acreditar no que vê”, alerta Cassal. A exploração de novas formas de estar em
cena, mais a cumplicidade fluida dos atores resulta em um espetáculo vigoroso,
de humor perturbador e energia contagiante dessa peça que além dos prêmios pelo
texto, recebeu, igualmente, indicações para as categorias direção, espetáculo e
elenco de 2011.
FRANÇA – O sucesso obtido pelo texto de Felipe Rocha
começou quando ele recebeu a bolsa do Centre
International des Récollets – Paris, em 2010, para escrever a peça que
dirigiu com Alex Cassal. A interpretação fica por conta de Felipe Rocha, Renato
Linhares e Stella Rabello - revezando com Alice Ripoll nessa temporada. O
espetáculo estreou no Rio de Janeiro recebendo elogios unânimes da crítica e do
público em sucessivas temporadas, lotando teatros brasileiros e europeus.
Este é o segundo espetáculo do grupo ‘Foguetes Maravilha’, responsável
também pelas peças ‘Ele precisa começar’ e ‘2 histórias e síndrome de
chimpanzé’. O grupo se inicia em 2008 com a vontade de profissionais que já
tinham suas trajetórias unirem suas experiências, sendo o primeiro trabalho a
peça ‘Ele precisa começar’. Segundo os integrantes, o grupo explora “modos de
estar em cena e de se relacionar com o público”. As encenações misturam os
limites entre palco, plateia, ficção e realidade, sobrepondo significados,
linguagens e procedimentos artísticos, criando um território híbrido e fluido. “Um
teatro que se baseia na comunicação com os espectadores e na revelação dos
mecanismos cênicos, convidando o público a questionar seu papel”, dizem.
HISTÓRIA – O espetáculo já tem uma história longa de
sucesso. Além de apresentações no Rio de Janeiro, 'Ninguém falou que seria
fácil' passou também pelo Festival de Inverno de Itabira (MG, 2014), Sesc
Belenzinho (SP, 2014), Caixas Culturais de Curitiba (PR, 2012) e Brasília (DF,
2014); nesta última, já havia participado do Festival Cena Contemporânea em
2011. Neste ano (2014), os públicos de Natal (RN), Teresina (PI) e Recife (PE)
tiveram oportunidade de assistir à peça. De 2012 a 2013, o espetáculo foi para
Campo Grande (MS), São José do Rio Preto (SP), Passo Fundo (RS), Florianópolis
(SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Belo Horizonte (MG), e Rio de Janeiro
(RJ). Em 2012, fizeram apresentações especiais no Festival Materiais Diversos,
em Alcanena, Portugal, e no Teatro Municipal Maria Matos, em Lisboa, capital
portuguesa.
Em 2011 integraram o Circuito Estadual das Artes em São João da Barra,
Volta Redonda e Friburgo (RJ), com participação no Festival Internacional de
Artes Cênicas (FIAC, BA) e no Porto Alegre em Cena (RS), além do Festival
Nacional de Teatro em Presidente Prudente (SP) e a Mostra Teatro na Contramão
no Rio de Janeiro. No Rio, fizeram temporadas de sucesso no Teatro Gláucio Gil,
Espaço Cultural Sérgio Porto e Teatro Municipal Maria Clara Machado. Mais
informações sobre o grupo no site foguetesmaravilha.wordpress.com.
SERVIÇO:
O QUÊ: comédia ‘Ninguém falou que seria
fácil’ do grupo carioca ‘Foquetes Maravilha’.
ONDE: Caixa Cultural (Rua Carlos Gomes, 57 – Centro, Tel. 3421-4200)
– Salvador Bahia.
QUANDO: dias 19, 20 e 21 de setembro,
sendo sexta-feira às 20h, sábados duas sessões, às 17h e 20h, e domingo às 19h.
ESTACIONAMENTO: GRATUITO no ‘Central Park’, ao lado da ‘Caixa
Cultural’, SOMENTE para quem apresentar o ingresso já comprado e nos horários
do espetáculo.
INGRESSOS: R$ 8,00 (inteira) e R$
4,00 (meia-entrada), à venda na ‘Caixa Cultural’ somente no mesmo dia do espetáculo, sempre a partir das 9h até os
ingressos acabarem. Só podem ser vendidos 02 (dois) ingressos por pessoa – mais
informações Tel. 3421-4200.
CAPACIDADE: 80 lugares.
FOTOS anexas - Crédito
Fotográfico obrigatório - Lei nº 9610/98
FICHA TÉCNICA:
NINGUÉM FALOU QUE SERIA FÁCIL – com o grupo
Foguetes Maravilha
Texto e codireção: Felipe
Rocha. direção: Alex Cassal.
Elenco: Felipe Rocha,
Renato Linhares e Stella Rabello/ Alice Ripoll (em revezamento).
Assistência de direção:
Ignacio Aldunate. direção de movimento: Alice Ripoll.
Iluminação: Tomás Ribas.
cenário: Aurora dos Campos.
Direção musical: Rodrigo
Marçal. figurinos: Antônio Medeiros.
Produção
Local: Gabriel Pedreira
Direção de Produção:
Tatiana Garcias
Assessoria de
Imprensa: Geraldo Moniz Aragão
Duração – 90 minutos.
Espetáculo recomendado para
maiores de 16 anos.
MAIS INFORMAÇÕES E CONTATOS:
BIOS EQUIPE:
ALEX
CASSAL (autor e ator) é
encenador, dramaturgo, ator e historiador. É fundador, com
Felipe Rocha, dos Foguetes
Maravilha, tendo dirigido os espetáculos “Ele precisa começar”, “Ninguém falou
que seria fácil” e “Síndrome de Chimpanzé”, entre outros. Desde 2002, colabora
nos espetáculos da coreógrafa carioca Dani Lima. Desde 2009 vem colaborando com
o coletivo português Mundo Perfeito em projetos como “Estúdios”, “Cartões de
visita”, “Hotel Lutécia” e “Mundo Maravilha”. Em 2007, realizou o vídeo
“Jornada ao umbigo do mundo”, premiado pelo Programa Itaú
Cultural Dança e já exibido em inúmeros festivais brasileiros e em países
como Uruguai, Argentina, México, Cuba, EUA, Itália, Espanha, Alemanha, Grécia,
Croácia, China e Japão. Nos últimos anos, além dos projetos com Foguetes
Maravilha, escreveu o texto “Septeto Fatal” para o festival português PANOS; e dirigiu os espetáculos “Uma
história à margem”, com o poeta Ricardo Chacal; “Tome isso ao coração”, com o grupo
baiano Dimenti; e “Horses Hotel”, com
a atriz Ana Kutner.
FELIPE ROCHA (diretor e ator), trabalhou como ator com a Intrépida Trupe
e com os diretores Amir Haddad, Aderbal Freire-Filho, Antonio Abujamra,
Christiane Jatahy, Domingos Oliveira, João Falcão e Moacir Chaves, entre
outros. Com o diretor Enrique Diaz, montou as peças “Gaivota”, “Ensaio.Hamlet”,
“Notícias Cariocas”, “Não Olhe Agora” e “Otro”, apresentando-se em festivais ao
redor do mundo. Participou dos projetos “Estúdios”, “Cartões de Visita” e
“Mundo Maravilha”, em Lisboa, com o grupo Mundo Perfeito. Fundador, ao lado de Alex
Cassal, dos Foguetes Maravilha.
Ator, autor e codiretor de "Ele precisa começar", “2histórias” e
"Ninguém falou que seria fácil", montados pelo grupo. Por este último,
foi vencedor dos prêmios Shell,
Questão de crítica e APTR 2011, na categoria autor. Seus
últimos trabalhos em Cinema são os filmes "Vai que dá certo",
de Maurício Farias; "Nise
da Silveira, ou Engenho de Dentro", de Roberto Berliner; "Mato sem Cachorro", de Pedro Amorim; e "Trago
comigo" de Tata Amaral.
RENATO LINHARES (ator), já trabalhou com grupos como Cia dos Atores,
Teatro Armazém, Intrépida Trupe e com diretores como Dani Lima, Cristina Moura,
Pedro Brício, Antônio Gilberto e o espanhol Fernando Renjifo. É integrante do
Coletivo Improviso, dirigido por Enrique Diaz e Mariana Lima.
STELLA RABELLO (atriz), já fez parte do Teatro Armazém e da Cia Ensaio
Aberto, de Luiz Fernando Lobo. Também atuou em espetáculos de diretores como
Christiane Jatahy, Charles Möeller, Cláudio Botelho, Guilherme Weber, Marcelo
Saback, Eduardo Martini e Miguel Falabella.
Em 15.09.2014
jornalista | geraldo moniz de Aragão - 1498-drtba |
mobile phone: 71 8731.2641, 9110.5099, 9922.1743