Vencedora do Prêmio Shell de Teatro – um dos mais importantes do país –, estreia nesta sexta-feira (12) na Caixa Cultural (Rua Carlos Gomes, 57 – Centro, Tel. 3421-4200), em Salvador, a peça teatral ‘Ninguém falou que seria fácil’, do grupo carioca ‘Foguetes Maravilha’. Na sexta-feira (12), a sessão será às 20h, no sábado (13), duas sessões, uma às 17h e outra às 20h, e no domingo (14), só uma às 19h. O valor simbólico é de R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia-entrada), à venda na ‘Caixa Cultural’ somente no mesmo dia de cada sessão do espetáculo,
A comédia mistura o cotidiano e o inusitado em uma estrutura fragmentada
que inclui filmes franceses dos anos 1970, dança contemporânea, dramas
familiares, exercícios metalinguísticos e fábulas para crianças. O espetáculo
estreou em 2011 no Rio de Janeiro, chamando a atenção de críticos como Barbara
Heliodora: “É mais do que gratificante
assistir a uma peça original, inteligente, com conteúdo e divertida, de um
jovem autor nacional como Felipe Rocha”, disse a ensaísta, tradutora e uma
das referências da crítica teatral no Brasil.
Para Barbara Heliodora, a peça “tem
sua própria dinâmica, seu próprio e vivíssimo diálogo, tudo isso interpretado
por um elenco de três atores que mudam de personagem e funcionalidade, compondo
um todo coeso, que transmite o que o autor dizer. É um momento privilegiado de
teatro e razão para comemorações quando se fala da nova dramaturgia brasileira”.
FAMÍLIA – O espetáculo
traz as relações familiares para o centro da arena. O quanto ainda temos da
criança? O que nos motiva a sair de casa e virar adultos? Como aprendemos a
dividir e conviver com os outros? Por que você tem que sair para trabalhar?
Para o autor premiado diversas vezes pelo texto e também codiretor, Felipe
Rocha, trata-se ainda da “experiência da paternidade, esse momento em que a
gente vira pai e continua sendo filho, aonde a gente revive muito da nossa
infância a partir do ponto de vista oposto ao que a gente tinha quando era
apenas o filho”, diz Rocha.
Humor, ironia, jogos de linguagem e brincadeiras anárquicas de
desconstrução e reconstrução das convenções teatrais, marcam a narrativa. Inspirações
nos grupos ‘Monty Python’, ‘Os Trapalhões’, referências a um pop nostálgico – de
Jean-Paul Belmondo a filmes B de ficção científica – e um desejo de liberdade estão
também no texto. “Passamos por áreas diversas, como o teatro, a dança, o circo”,
pontua o diretor do espetáculo Alex Cassal. Ele destaca as linguagens
diferentes, a estrutura cênica, a subversão de regras para personagens, a
unidade de tempo e espaço, e a relação com o espectador, provocando “o quanto o
espectador tem que acreditar no que vê”, alerta Cassal. A exploração de novas
formas de estar em cena, mais a cumplicidade fluida dos atores resulta em um
espetáculo vigoroso, de humor perturbador e energia contagiante dessa peça que
além dos prêmios pelo texto, recebeu, igualmente, indicações para as categorias
direção, espetáculo e elenco de 2011.
FRANÇA – O sucesso
obtido pelo texto de Felipe Rocha começou quando ele recebeu a bolsa do Centre International des Récollets – Paris,
em 2010, para escrever a peça que dirigiu com Alex Cassal. A interpretação fica
por conta de Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello - revezando com
Alice Ripoll nessa temporada. O espetáculo estreou no Rio de Janeiro recebendo elogios
unânimes da crítica e do público em sucessivas temporadas, lotando teatros
brasileiros e europeus.
Este é o segundo espetáculo do grupo ‘Foguetes Maravilha’, responsável
também pelas peças ‘Ele precisa começar’ e ‘2 histórias e síndrome de
chimpanzé’. O grupo se inicia em 2008 com a vontade de profissionais que já
tinham suas trajetórias unirem suas experiências, sendo o primeiro trabalho a
peça ‘Ele precisa começar’. Segundo os integrantes, o grupo explora “modos de
estar em cena e de se relacionar com o público”. As encenações misturam os
limites entre palco, plateia, ficção e realidade, sobrepondo significados,
linguagens e procedimentos artísticos, criando um território híbrido e fluido. “Um
teatro que se baseia na comunicação com os espectadores e na revelação dos
mecanismos cênicos, convidando o público a questionar seu papel”, dizem.
HISTÓRIA – O espetáculo
já tem uma história longa de sucesso. Além de apresentações no Rio de Janeiro,
'Ninguém falou que seria fácil' passou também pelo Festival de Inverno de
Itabira (MG, 2014), Sesc Belenzinho (SP, 2014), Caixas Culturais de Curitiba
(PR, 2012) e Brasília (DF, 2014); nesta última, já havia participado do
Festival Cena Contemporânea em 2011. Neste ano (2014), os públicos de Natal
(RN), Teresina (PI) e Recife (PE) tiveram oportunidade de assistir à peça. De
2012 a 2013, o espetáculo foi para Campo Grande (MS), São José do Rio Preto
(SP), Passo Fundo (RS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB),
Belo Horizonte (MG), e Rio de Janeiro (RJ). Em 2012, fizeram apresentações especiais
no Festival Materiais Diversos, em Alcanena, Portugal, e no Teatro Municipal
Maria Matos, em Lisboa, capital portuguesa.
Em 2011 integraram o Circuito Estadual das Artes em São João da Barra,
Volta Redonda e Friburgo (RJ), com participação no Festival Internacional de
Artes Cênicas (FIAC, BA) e no Porto Alegre em Cena (RS), além do Festival
Nacional de Teatro em Presidente Prudente (SP) e a Mostra Teatro na Contramão
no Rio de Janeiro. No Rio, fizeram temporadas de sucesso no Teatro Gláucio Gil,
Espaço Cultural Sérgio Porto e Teatro Municipal Maria Clara Machado. Mais
informações sobre o grupo no site foguetesmaravilha.wordpress.com.
SERVIÇO:
O QUÊ: comédia ‘Ninguém falou que seria
fácil’ do grupo carioca ‘Foquetes Maravilha’.
ONDE: Caixa Cultural (Rua Carlos Gomes, 57 – Centro, Tel. 3421-4200)
– Salvador Bahia.
QUANDO: dias 12, 13 e 14, e ainda 19, 20 e 21 de setembro, sendo
sextas-feiras sempre às 20h, sábados duas sessões, às 17h e 20h, e no domingo
sessão única às 19h.
ESTACIONAMENTO: GRATUITO no ‘Central Park’, ao lado da ‘Caixa
Cultural’, SOMENTE para quem apresentar o ingresso já comprado e nos horários
do espetáculo.
INGRESSOS: R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia-entrada), à venda na ‘Caixa Cultural’ somente no mesmo dia do espetáculo, sempre a partir das 9h até os
ingressos acabarem. Só podem ser vendidos 02 (dois) ingressos por pessoa – mais
informações Tel. 3421-4200.
CAPACIDADE: 80 lugares.
FOTOS anexas - Crédito Fotográfico obrigatório -
Lei nº 9610/98
Fotos ALTA RESOLUÇÃO: https://www.flickr.com/photos/126779961@N08/sets/72157646779083620/
FICHA TÉCNICA:
NINGUÉM FALOU QUE SERIA
FÁCIL – com o grupo Foguetes Maravilha
Texto e codireção: Felipe Rocha. direção: Alex Cassal.
Elenco: Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello/ Alice Ripoll (em
revezamento).
Assistência de direção: Ignacio Aldunate. direção de movimento: Alice
Ripoll.
Iluminação: Tomás Ribas. cenário: Aurora dos Campos.
Direção musical: Rodrigo Marçal. figurinos: Antônio Medeiros.
Produção
Local: Gabriel Pedreira
Direção de Produção: Tatiana Garcias
Assessoria de Imprensa: Geraldo Moniz Aragão
Duração – 90 minutos.
Espetáculo recomendado para maiores de 16 anos.
MAIS INFORMAÇÕES E
CONTATOS:
BIOS EQUIPE:
ALEX CASSAL (autor e ator) é encenador, dramaturgo, ator e
historiador. É fundador, com Felipe Rocha, dos Foguetes
Maravilha, tendo dirigido os espetáculos “Ele precisa começar”, “Ninguém falou
que seria fácil” e “Síndrome de Chimpanzé”, entre outros. Desde 2002, colabora
nos espetáculos da coreógrafa carioca Dani Lima. Desde 2009 vem colaborando com
o coletivo português Mundo Perfeito em projetos como “Estúdios”, “Cartões de
visita”, “Hotel Lutécia” e “Mundo Maravilha”. Em 2007, realizou o vídeo
“Jornada ao umbigo do mundo”, premiado pelo Programa Itaú Cultural
Dança e já exibido em inúmeros festivais brasileiros e em países como
Uruguai, Argentina, México, Cuba, EUA, Itália, Espanha, Alemanha, Grécia,
Croácia, China e Japão. Nos últimos anos, além dos projetos com Foguetes
Maravilha, escreveu o texto “Septeto Fatal” para o festival português PANOS; e dirigiu os espetáculos “Uma
história à margem”, com o poeta Ricardo Chacal; “Tome isso ao coração”, com o
grupo baiano Dimenti; e “Horses
Hotel”, com a atriz Ana Kutner.
FELIPE
ROCHA (diretor e ator), trabalhou como ator com a Intrépida Trupe e com os
diretores Amir Haddad, Aderbal Freire-Filho, Antonio Abujamra, Christiane
Jatahy, Domingos Oliveira, João Falcão e Moacir Chaves, entre outros. Com o
diretor Enrique Diaz, montou as peças “Gaivota”, “Ensaio.Hamlet”, “Notícias
Cariocas”, “Não Olhe Agora” e “Otro”, apresentando-se em festivais ao redor do
mundo. Participou dos projetos “Estúdios”, “Cartões de Visita” e “Mundo
Maravilha”, em Lisboa, com o grupo Mundo Perfeito. Fundador, ao lado de Alex Cassal, dos Foguetes Maravilha. Ator, autor e
codiretor de "Ele precisa começar", “2histórias” e "Ninguém
falou que seria fácil", montados pelo grupo. Por este último, foi vencedor dos prêmios Shell,
Questão de crítica e APTR 2011, na categoria autor. Seus
últimos trabalhos em Cinema são os filmes "Vai que dá certo",
de Maurício Farias; "Nise
da Silveira, ou Engenho de Dentro", de Roberto Berliner; "Mato sem Cachorro", de Pedro Amorim; e "Trago
comigo" de Tata Amaral.
RENATO LINHARES (ator), já trabalhou com grupos como Cia dos Atores,
Teatro Armazém, Intrépida Trupe e com diretores como Dani Lima, Cristina Moura,
Pedro Brício, Antônio Gilberto e o espanhol Fernando Renjifo. É integrante do
Coletivo Improviso, dirigido por Enrique Diaz e Mariana Lima.
STELLA RABELLO (atriz), já fez parte do Teatro Armazém e da Cia Ensaio
Aberto, de Luiz Fernando Lobo. Também atuou em espetáculos de diretores como
Christiane Jatahy, Charles Möeller, Cláudio Botelho, Guilherme Weber, Marcelo
Saback, Eduardo Martini e Miguel Falabella.
Em 10.09.2014
jornalista | geraldo moniz de Aragão - 1498-drtba | mobile phone: 71
8731.2641, 9110.5099, 9922.1743
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