quarta-feira, 3 de setembro de 2014

‘Ninguém falou que seria fácil’ chega à Salvador


Vencedor do Prêmio Shell de Teatro – um dos mais importantes do país – e premiações da ‘Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro (APTR)’ e da ‘Revista Eletrônica de Críticas e Estudos Teatrais’ (‘Questão de Crítica’), está chegando para temporada em Salvador o espetáculo teatral‘Ninguém falou que seria fácil’, do grupo carioca ‘Foguetes Maravilha’. As apresentações ocorrerão na Caixa Cultural (Rua Carlos Gomes, 57 – Centro, Tel. 3421-4200), durante dois finais de semana (12, 13 e 14 | 19, 20 e 21) de setembro.

A comédia mistura o cotidiano e o inusitado em uma estrutura fragmentada que inclui filmes franceses dos anos 1970, dança contemporânea, dramas familiares, exercícios metalinguísticos e fábulas para crianças. O espetáculo estreou em 2011 no Rio de Janeiro, chamando a atenção de críticos como Barbara Heliodora: “É mais do que gratificante assistir a uma peça original, inteligente, com conteúdo e divertida, de um jovem autor nacional como Felipe Rocha”, disse a ensaísta, tradutora e uma das referências da crítica teatral no Brasil.

Para Barbara Heliodora, a peça “tem sua própria dinâmica, seu próprio e vivíssimo diálogo, tudo isso interpretado por um elenco de três atores que mudam de personagem e funcionalidade, compondo um todo coeso, que transmite o que o autor dizer. É um momento privilegiado de teatro e razão para comemorações quando se fala da nova dramaturgia brasileira”.

FAMÍLIA – O espetáculo traz as relações familiares para o centro da arena. O quanto ainda temos da criança? O que nos motiva a sair de casa e virar adultos? Como aprendemos a dividir e conviver com os outros? Por que você tem que sair para trabalhar? Para o autor premiado diversas vezes pelo texto e também codiretor, Felipe Rocha, trata-se ainda da “experiência da paternidade, esse momento em que a gente vira pai e continua sendo filho, aonde a gente revive muito da nossa infância a partir do ponto de vista oposto ao que a gente tinha quando era apenas o filho”, diz Rocha.

Humor, ironia, jogos de linguagem e brincadeiras anárquicas de desconstrução e reconstrução das convenções teatrais, marcam a narrativa. Inspirações nos grupos ‘Monty Python’, ‘Os Trapalhões’, referências a um pop nostálgico – de Jean-Paul Belmondo a filmes B de ficção científica – e um desejo de liberdade estão também no texto. “Passamos por áreas diversas, como o teatro, a dança, o circo”, pontua o diretor do espetáculo Alex Cassal. Ele destaca as linguagens diferentes, a estrutura cênica, a subversão de regras para personagens, a unidade de tempo e espaço, e a relação com o espectador, provocando “o quanto o espectador tem que acreditar no que vê”, alerta Cassal. A exploração de novas formas de estar em cena, mais a cumplicidade fluida dos atores resulta em um espetáculo vigoroso, de humor perturbador e energia contagiante dessa peça que além dos prêmios pelo texto, recebeu, igualmente, indicações para as categorias direção, espetáculo e elenco de 2011.

FRANÇA – O sucesso obtido pelo texto de Felipe Rocha começou quando ele recebeu a bolsa doCentre International des Récollets – Paris, em 2010, para escrever a peça que dirigiu com Alex Cassal. A interpretação fica por conta de Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello - revezando com Alice RIpoll nessa temporada. O espetáculo estreou no Rio de Janeiro recebendo elogios unânimes da crítica e do público em sucessivas temporadas, lotando teatros brasileiros e europeus.

Este é o segundo espetáculo do grupo ‘Foguetes Maravilha’, responsável também pelas peças ‘Ele precisa começar’ e ‘2 histórias e síndrome de chimpanzé’. O grupo se inicia em 2008 com a vontade de profissionais que já tinham suas trajetórias unirem suas experiências, sendo o primeiro trabalho a peça ‘Ele precisa começar’. Segundo os integrantes, o grupo explora “modos de estar em cena e de se relacionar com o público”. As encenações misturam os limites entre palco, plateia, ficção e realidade, sobrepondo significados, linguagens e procedimentos artísticos, criando um território híbrido e fluido. “Um teatro que se baseia na comunicação com os espectadores e na revelação dos mecanismos cênicos, convidando o público a questionar seu papel”, dizem.

HISTÓRIA – O espetáculo já tem uma história longa de sucesso. Além de apresentações no Rio de Janeiro, 'Ninguém falou que seria fácil' passou também pelo Festival de Inverno de Itabira (MG, 2014), Sesc Belenzinho (SP, 2014), Caixas Culturais de Curitiba (PR, 2012) e Brasília (DF, 2014); nesta última, já havia participado do Festival Cena Contemporânea em 2011. Neste ano (2014), os públicos de Natal (RN), Teresina (PI) e Recife (PE) tiveram oportunidade de assistir à peça. De 2012 a 2013, o espetáculo foi para Campo Grande (MS), São José do Rio Preto (SP), Passo Fundo (RS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Belo Horizonte (MG), e Rio de Janeiro (RJ). Em 2012, fizeram apresentações especiais no Festival Materiais Diversos, em Alcanena, Portugal, e no Teatro Municipal Maria Matos, em Lisboa, capital portuguesa.

Em 2011 integraram o Circuito Estadual das Artes em São João da Barra, Volta Redonda e Friburgo (RJ), com participação no Festival Internacional de Artes Cênicas (FIAC, BA) e no Porto Alegre em Cena (RS), além do Festival Nacional de Teatro em Presidente Prudente (SP) e a Mostra Teatro na Contramão no Rio de Janeiro. No Rio, fizeram temporadas de sucesso no Teatro Gláucio Gil, Espaço Cultural Sérgio Porto e Teatro Municipal Maria Clara Machado. Mais informações sobre o grupo no sitefoguetesmaravilha.wordpress.com.


SERVIÇO:

O QUÊ: comédia ‘Ninguém falou que seria fácil’ do grupo carioca ‘Foquetes Maravilha’.
ONDE: Caixa Cultural (Rua Carlos Gomes, 57 – Centro, Tel. 3421-4200) – Salvador Bahia.
QUANDO: dias 12, 13 e 14, e ainda 19, 20 e 21 de setembro, sendo sextas-feiras sempre às 20h, sábados duas sessões, às 17h e 20h, e no domingo sessão única às 19h.
ESTACIONAMENTO: GRATUITO no ‘Central Park’, ao lado da ‘Caixa Cultural’, SOMENTE para quem apresentar o ingresso já comprado e nos horários do espetáculo.
INGRESSOS: R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia-entrada), à venda na ‘Caixa Cultural’ somente no mesmo dia do espetáculo, sempre a partir das 9h até os ingressos acabarem. Só podem ser vendidos 02 (dois) ingressos por pessoa – mais informações Tel. 3421-4200.
CAPACIDADE: 80 lugares.

FOTOS anexas - Crédito Fotográfico obrigatório - Lei nº 9610/98

FICHA TÉCNICA:

NINGUÉM FALOU QUE SERIA FÁCIL – com o grupo Foguetes Maravilha
Texto e codireção: Felipe Rocha. direção: Alex Cassal.
Elenco: Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello/ Alice Ripoll (em revezamento).
Assistência de direção: Ignacio Aldunate. direção de movimento: Alice Ripoll.
Iluminação: Tomás Ribas. cenário: Aurora dos Campos.
Direção musical: Rodrigo Marçal. figurinos: Antônio Medeiros.
Produção Local: Gabriel Pedreira
Direção de Produção: Tatiana Garcias
Assessoria de Imprensa: Geraldo Moniz Aragão
Duração – 90 minutos.
Espetáculo recomendado para maiores de 16 anos.


MAIS INFORMAÇÕES E CONTATOS:


BIOS EQUIPE:

ALEX CASSAL (autor e ator) é encenador, dramaturgo, ator e historiador. É fundador, com Felipe Rocha, dos Foguetes Maravilha, tendo dirigido os espetáculos “Ele precisa começar”, “Ninguém falou que seria fácil” e “Síndrome de Chimpanzé”, entre outros. Desde 2002, colabora nos espetáculos da coreógrafa carioca Dani Lima. Desde 2009 vem colaborando com o coletivo português Mundo Perfeito em projetos como “Estúdios”, “Cartões de visita”, “Hotel Lutécia” e “Mundo Maravilha”. Em 2007, realizou o vídeo “Jornada ao umbigo do mundo”,  premiado pelo Programa Itaú Cultural Dança e já exibido em inúmeros festivais brasileiros e em países como Uruguai, Argentina, México, Cuba, EUA, Itália, Espanha, Alemanha, Grécia, Croácia, China e Japão. Nos últimos anos, além dos projetos com Foguetes Maravilha, escreveu o texto “Septeto Fatal” para o festival português PANOS; e dirigiu os espetáculos “Uma história à margem”, com o poeta Ricardo Chacal; “Tome isso ao coração”, com o grupo baiano Dimenti; e “Horses Hotel”, com a atriz Ana Kutner.

FELIPE ROCHA (diretor e ator), trabalhou como ator com a Intrépida Trupe e com os diretores Amir Haddad, Aderbal Freire-Filho, Antonio Abujamra, Christiane Jatahy, Domingos Oliveira, João Falcão e Moacir Chaves, entre outros. Com o diretor Enrique Diaz, montou as peças “Gaivota”, “Ensaio.Hamlet”, “Notícias Cariocas”, “Não Olhe Agora” e “Otro”, apresentando-se em festivais ao redor do mundo. Participou dos projetos “Estúdios”, “Cartões de Visita” e “Mundo Maravilha”, em Lisboa, com o grupo Mundo Perfeito. Fundador, ao lado de Alex Cassal, dos Foguetes Maravilha. Ator, autor e codiretor de "Ele precisa começar", “2histórias” e "Ninguém falou que seria fácil", montados pelo grupo. Por este último, foi vencedor dos prêmios Shell, Questão de crítica e APTR 2011, na categoria autor.  Seus últimos trabalhos em Cinema são os filmes "Vai que dá certo", de Maurício Farias; "Nise da Silveira, ou Engenho de Dentro", de Roberto Berliner; "Mato sem Cachorro", de Pedro Amorim; e "Trago comigo" de Tata Amaral.

RENATO LINHARES (ator), já trabalhou com grupos como Cia dos Atores, Teatro Armazém, Intrépida Trupe e com diretores como Dani Lima, Cristina Moura, Pedro Brício, Antônio Gilberto e o espanhol Fernando Renjifo. É integrante do Coletivo Improviso, dirigido por Enrique Diaz e Mariana Lima.

STELLA RABELLO (atriz), já fez parte do Teatro Armazém e da Cia Ensaio Aberto, de Luiz Fernando Lobo. Também atuou em espetáculos de diretores como Christiane Jatahy, Charles Möeller, Cláudio Botelho, Guilherme Weber, Marcelo Saback, Eduardo Martini e Miguel Falabella.

Em 27.08.2014
jornalista | geraldo moniz de aragão
1498-mtba | mobile phone: 71 8731.2641, 9110.5099, 9922.1743 monizcomunicacao@gmail.com

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